À memoria da minha avó – Joana –
E se eu hoje parasse no tempo?
Dormitasse sobre sentimentos difusos,
Emoções desconexas que
Assolam o interior do meu ser?
E se o tempo parasse em mim?
Apagasse o passado e me devolvesse à memoria
Os sorrisos roubados
Abruptamente
Naquele fatídico anoitecer?
Recordo-te
No tempo
Que passa
Recordo-me
No passado
Que revivo
Paro nesse instante
Nublado
Onde tu e eu
Somos a imagem deste espelho
Agora quebrado
Fragmentos de vida
Indivisivelmente dilacerados
A dor
Que tarda neste tempo
Perder-se ...
Carla Alves ©
23 de Janeiro de 2010
3 comentários:
Um lindo fim de semana...cheio de sorrisos e alegrias inesperadas...
Um abraço na alma...bjo
Olá, bom dia.
Lindo poema; doce e nostálgico; as avós (me parece, pois não conheci as minhas), proporcionam esses sentimentos tão suaves...e, na infância, constroem alicerces firmes para o resto das nossas vidas (percebo isso em meus filhos).
Obrigada por esses instantes tão belos.
Um beijo,
Guacira Maciel
texto sentido... vivido... bem pautado. acelerações e travagens próprias de dor e sofrimento.
muito bonito.
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