À memoria da minha avó – Joana –
E se eu hoje parasse no tempo?
Dormitasse sobre sentimentos difusos,
Emoções desconexas que
Assolam o interior do meu ser?
E se o tempo parasse em mim?
Apagasse o passado e me devolvesse à memoria
Os sorrisos roubados
Abruptamente
Naquele fatídico anoitecer?
Recordo-te
No tempo
Que passa
Recordo-me
No passado
Que revivo
Paro nesse instante
Nublado
Onde tu e eu
Somos a imagem deste espelho
Agora quebrado
Fragmentos de vida
Indivisivelmente dilacerados
A dor
Que tarda neste tempo
Perder-se ...
Carla Alves ©
23 de Janeiro de 2010