segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

À partida da descoberta …



Pintei o meu pequeno mundo

Num mosaico imaginário


Feitos heróicos

Viagens

Descobertas


Lutas desiguais

Batalhas ensanguentadas

Num mural feito em pedra


Fito, atentamente, o desenho geométrico

Embarco na bússola do tempo

E fundo – me no emaranhar

Das ondas

No latejar dos trovões

Que, ininterruptamente,

Me arrastam para a tropelia de corpos

Semi – desnudos

Tentam, em vão,

As velas quinhentistas apaziguar



Por fim

Avisto, ao longe, terra …



O mar está sereno

Rumo face à aventura



Há uma panóplia de línguas

Por explorar

Culturas ancestrais por assimilar

A minha pátria

Neste pequeno mosaico

Representar


A sangue

Em tons de canela

Ouro

Seda

Marfim



Desperto deste sonhar acordado

Oiço ao longe a próxima excursão de turistas

Aproximar – se

Vêm à procura do conhecimento



Boa tarde

Eu sou o Joaquim

Serei o vosso guia


Esboço um sorriso rasgado

Ajeito, num ápice, a gola da camisa

Afinal há que ter orgulho em ser Português!



Carla Alves ©

01 de Dezembro de 2008




Fotografia – Nuno de Sousa ©

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Velas ao Vento



Navegando nas asas da imaginação

Rumo à descoberta

Do infinito


Respirando azul

Bebendo a curiosidade sagaz

Que me projecta face ao desconhecido


Avisto, ao longe, um porto

Branco

Tons de malva

Laranja – Lilás

Verde cristalino


As ondas embalam

Compassadamente

Este veleiro errante

Suavizando a ânsia

Do que está, ainda, por descobrir


Lanço a âncora

Salto freneticamente para a água

Fundo – me na imensidão de azul

E desapareço

Por entre a espuma duma onda

Revolta

Livre

Leve

Solta


Parto à descoberta!



9 de Dezembro de 2008

Carla Alves
©

Instantes …



As ondas embalam o meu sono cansado
A brisa marítima transporta – me para outro lugar

Etéreo
Límpido
Lunar

O vento beija – me os cabelos revoltos
A areia fina acaricia – me a pele
O sol aquece o meu corpo que, aos poucos,
Se deixa levitar

Sinto um vazio em mim
Onde estão as palavras que percorrem, frenéticas, este cérebro
Acelerado?
Onde estão as ideias que invadem, a cada segundo, o percurso vertiginoso das letras que dão voz a essas mesmas palavras?

Vazio …
Nada me ocorre

E, contudo,
É esta a paz que incessantemente procuro
E que só aqui
À beira – mar
Consigo, por breves instantes,
Encontrar.


Carla Alves ©
03 de Dezembro de 2008

Amor fugaz …



Não me peças amor

Porque eu não sei amar.

Não me peças companhia

Porque solitária gosto de vaguear.

Livre,

Efémera,

Fugaz.

Paixão intensa que,

Na brevidade do tempo,

Eternamente recordarás.


Carla Alves ©
02 de Dezembro de 2008

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Não me deixes partir …




Ao longe

O leve sussurrar da tua voz

O teu cheiro

A maçã doce

Envolto num sorriso rasgado


Fitas – me

Finjo não te ver


Malícia

Em tons de vermelho

Cetim


Esquece as palavras por dizer

Os lugares por rever

As promessas por cumprir


Agarra o tempo

Aqui e agora

Segue – me

Madrugada fora


Não me deixes partir


Procura a minha essência interior

Dá – me paz

Oferece – me conforto

Carinho


Se amanhã não me voltares a ver

É porque não me soubeste amar

Não conseguiste prender

Este ser em completo e constante

Desalinho ...



Carla Alves ©
02 de Dezembro de 2008


segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Ausência de ti …


Fitei a lua

Perdi – me na imensidão do céu

Estrelado

Pensamentos dispersos

Sonhos por sonhar


Incessantemente esperei

Esperei por ti


Em vão …

Partiste.


O vazio do tempo preenche os meus dias

Esboço um sorriso

E finjo

Imagino que sou feliz

Sem ti


Mas a tua ausência vive em mim

De cinzento chuva pinta os meus dias

De negro sangue as minhas noites embala


Voltarás?

Quem sabe … um dia …


Mas, para sempre

De negro me vestirei para ti


A chama da paixão apagarei,

O brilho no meu olhar o horizonte longínquo

Eternamente fitará


Na minha memória apenas guardarei

A ausência de ti.



Carla Alves ©
01 de Dezembro de 2008



terça-feira, 28 de outubro de 2008

Os meninos da minha terra …



Os meninos da minha terra não brincam na rua
Têm uma imensa savana por desbravar


Os meninos da minha terra não calçam sapatos
Têm as plantas do (s) pé (s) para a terra vermelha pisar
A lama argilosa sapatear
Ao som dos trovões estonteantes

Dançando sob a chuva intensa
Envoltos no cheiro a terra
Barro
Argila
Céu impregnado de beleza
Misticismo
Cor

Os meninos da minha terra não usam roupas sofisticadas
As marcas na minha terra não têm nome
Têm cor
São coloridas as capelanas
Que cobrem corpos desnudos
Dando vida a rostos, tão iguais, marcados pela dor

Os meninos da minha terra não recebem presentes no Natal
Constroem os seus brinquedos
Com paus
Pedras


Oiço ao longe o batido frenético dos tambores …
Há festa
As caras pintam – se de branco
As vozes entoam cânticos tribais
A dança
Traz alegria
Hoje não há dor

Os meninos da minha terra não comem uvas, maçãs
Nem peras, nem arroz
Comem papaia, mandioca,
Pêra – abacate e atas
E bebem sumo de coco
Nunca provaram licor


Os meninos da minha terra habitam o paraíso
Mas conhecem a fome, a miséria
Sabem o que é a guerra, o racismo, a sida, a dor


Contudo, sorriem
E o sorriso dos meninos da minha terra é o mais bonito de todos
Abraça o mundo com a sua inocência
A humildade perante a vida

A alegria feita da ausência de sonho e cor



(Dedicado a todas as crianças Moçambicanas)




27 de Outubro de 2008,
Carla Alves ©

sábado, 25 de outubro de 2008

Just dreaming …



Dreams are my reality

I live in a world of fantasy

Bright colours

Magical sounds

I see your face

Behind the mirror



I try to kiss you

But you aren `t there

You `re gone

You `re so far away



I wish I could hold you

You `re back again

I close my eyes

And I feel your breath

I taste the sweetness of your lips



Passion is what moves me

Through this world of emptiness

Only you could fulfil my dreams

But you are just a fantasy

Enchanting my unglamorous days

Bringing me to life

Though just part of my imagination



A sweet dream

As sweet and mysterious as you (are) …



22 de Outubro de 2008,
Carla Alves
©

sábado, 11 de outubro de 2008

Momentos …



Evasão,
Sonho,
Introspecção,
Bailado imaginário.



Magia,
Criatividade,
Harmonia,
Serenidade.



Desperto para o mundo!
E, numa dança frenética,
Parto à procura da felicidade.



Carla Alves ©
11 de Outubro de 2008

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Recordação …


Quente

Os raios de sol que tocam a minha pele


Suave

A doçura da água que acaricia o meu corpo


Tranquilo

O azul infinito que os meus olhos, ao longe, avistam


Reconfortante

A imagem que guardo na minha memória …


A areia fina

O branco da espuma


As nuvens que, suavemente, dançam

Envoltas em fios de seda


Cetim …


Embalando o meu sono

E, com elas, arrastando para bem longe


O sonho,

Efémera quimera


Que me devolve um sorriso rasgado.


02 de Outubro de 2008,

Carla Alves ©

domingo, 31 de agosto de 2008

Futuro em cores frias …



Para trás ficam os dias passados à beira – mar,
O suave murmurar das ondas
Embalando sonhos tranquilos …


Os passeios plenos de liberdade,
A ausência de um tempo definido …


A azáfama dos dias entediantes
Já se avizinha:
Papéis amontoados sobre ideias frenéticas
Que se atropelam
Num corrupio de tarefas
Desconexas.


Os dias que passam lentamente
Sob a correria de emoções
Que se inter cruzam
Com o latejar de sentimentos
Por vezes alegres,
Quantas vezes tristes …


Sinto um fervilhar de ideias
Que interrompem o meu escasso descanso …


Contudo, estico – me no sofá e delicio – me
Com o aconchego desta preguiça súbita
Que, neste momento, me avassalou …


Fito, com um olhar de desânimo,
O amanhã que se avizinha.


31 de Agosto de 2008,

Carla Alves ©

Horizonte (não tão) longínquo …


Contemplo o horizonte e toco a luz
Dos dias por vir,
Os sorrisos por oferecer,
A paz por encontrar …


Recordo – me de ti e guardo na memória do meu ser
O teu cheiro,
O teu rosto,
A tua juventude por viver …


Eternizo esse momento
E vivo feliz
Embalada pela recordação dos teus dias felizes …


Esqueço a dor
O vazio de ti …


Apago da minha memória esses dias tristes
E deixo, para sempre, o brilho do teu olhar
O meu destino alegrar
Conduzindo – me, de novo, à vida!


31 de Agosto de 2008
Carla Alves
©



(Poema dedicado à minha tia Eva)

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Sobre o conceito de poesia …


A poesia é feita de sensações.
Emoções que irrompem
A alquimia do sonho,
Da fantasia,
Do desejo.


Criatividade audaz
Que ultrapassa
A fronteira do imaginário
E viaja por entre uma folha branca de papel
E transborda – a de cor …


Palavras suaves,
Doces,
Aglutinantes.


Por vezes, frias,
Cruéis de fúria e dor.


Mas, impregnadas de beleza.
Sentimentos que extravasam
Um amor incondicional pela vida,
Pelas artes,
Pela melodia de sons ritmados
Que embalam um mundo cheio de cor.


25 de Agosto de 2008
Carla Alves
©

Sede de Mar – Sede de ti


Procuro no mar a fonte para a minha sede
Ânsia de momentos por viver
Palavras por dizer
Na imensidão dos céus perdidos.


Envolvo o meu corpo em espuma
Areia fina
Branca
E respiro azul.


Encontro o brilho dos teus olhos
Na imensidão de luz
Cristalina
E deixo – me arrastar pela corrente


Entrego o meu corpo ao suave balançar das ondas
E danço
Esquecida
Sob o olhar atento do luar.


25 de Agosto de 2008,

Carla Alves ©

Beijo Multicolor


Hoje quero um beijo
Com sabor a chocolate,
Baunilha,
Canela,
Limão,
Licor
E pêra – abacate.


Quero ficar, por breves instantes,
Perdida na descoberta dos sabores.


Tentar adivinhar
O gosto a caramelo doce
Neste oásis multicolor …


21 de Agosto de 2008,
Carla Alves
©

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

À beira – mar …


Deitei – me à beira – mar
Adormeci …


Pousei a minha cabeça na areia branca,
Macia
E esqueci …


Deixei para trás o mundo,
A inquietude da vida.
E deixei – me transportar,
Pelo suave murmurar das ondas,
Para uma nova dimensão.


Respiro luz!
Tudo é branco e sereno.
Sinto – me a levitar
Envolta no cheiro a salitre,
O suave balançar das ondas
Que embalam o meu sono.


Acordo!
A praia está deserta.
Daqui a nada será invadida pela multidão voraz …


Recolho – me.
Fito o horizonte longínquo …
Mergulho,
E fundo – me na plenitude
Do Mar.



18 de Agosto de 2008,
Carla Alves
©

Finalmente a paz …


Ontem
Contemplei a Lua.
Perdi – me no brilho incandescente das Estrelas.
Divaguei …


Entreguei – me à memoria,
Ao Sonho.
Recordações …

Renasci!
Encontrei, de novo, a inspiração perdida.
Posso, agora, retomar o meu caminho …
Repleto de cor,
Harmonia,
Tranquilidade.


Um jardim aberto
Sempre em flor.
Um Mar
Azul
Pleno de misticismo e criatividade.


18 de Agosto de 2008,
Carla Alves
©

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Um novo ciclo …


Que se renova

Cor
Textura
Criatividade


Emoção

Guardo todos os sonhos
Dentro deste, já enferrujado, latão

Abro a tampa
E deixo fluir
Pensamentos soltos
Ideias desconexas


Magia
Misticismo
Alegria


Imaginação


E há, ainda, tanto espaço
No porão deste latão …



17 de Julho de 2008,
Carla Alves ©

Bound to freedom …



I `m bound to freedom
Freedom to love
Freedom to let my feelings flow
In this deep blue sea
Where your glittering eyes flirt with me

Moonlight dancing
Through enchanting stars

I don `t need a golden heart
Nor do I need diamonds to please me

I just need to hold you in my arms
And enslave you
To my desire
To keep you away from pain
To caress you
And let you feel free

Free to love me
With no bounds
Bound to freedom
Bound to love me
With your precious tramp `s heart.


16 de Julho de 2008
Carla Alves
©

sexta-feira, 4 de julho de 2008

O tempo que passa incessante …



Olho – me ao espelho e vejo
O rosto de sempre.
Sem marcas do tempo
Sem sinais da minha
Já longa caminhada.


Continuo a ser
A eterna criança:
Alegre
Feliz
Sonhadora.


Contudo,
O tempo passa.
A vida corre a uma velocidade estonteante.
Tudo gira
À minha volta
Como se perante um looping
Desafiante
De uma montanha – russa
Me encontrasse.


Hoje parei em frente ao espelho
E tentei passar a fronteira daquele rosto
Usual.
Deparei – me, então, com uma coisa fascinante
Nunca antes apercebida:


Envelheci.
O tempo pintou o meu rosto
Com novas paletas.
Tons de branco
Nos meus negros cabelos
Deixou.


Mas, a eterna inocência
O brilho no meu olhar
Serão,
Para sempre,
Intemporais.


Volto as costas ao espelho.
Saio para a rua
E corro
Para “apanhar” o dia que já vai
A meio …



04 de Julho de 2008,
Carla Alves
©


quinta-feira, 26 de junho de 2008

Porque hoje me lembrei de ti …


Recordo o teu sorriso
Cheio de esperança
Perante um futuro incerto
Cruel



A tua vontade de viver
Perante um destino
Efémero
Vazio de cor
Alegria



Relembro a tua infância
A tua juventude
Pedaços de vida
Guardados na memória dos dias
Que juntas partilhamos



Partiste
Para trás ficaram os sonhos
Por realizar
Toda uma vida por explorar
Tanta cor por pintar
Os teus dias tristes



Cedo
Tão cedo tiveste que ir
Mas, na minha memória viverás
Eternamente
Feliz
Guerreira
Audaz



(Dedicado à minha prima Ana – porque hoje me lembrei de “ti”!)


26 de Junho de 2008,
Carla Alves ©

domingo, 1 de junho de 2008

Verão distante …


Sonho com o azul do mar
O branco infinito
Da espuma das ondas
Envolvendo o meu corpo


Luz, cor, harmonia
Os dias que passam
Vagarosamente
Tranquilos
Como o suave balançar de um veleiro
Que, ao longe, no horizonte
Se avista …



4 de Maio de 2008,
Carla Alves
©

Sonhando …

Com o olhar terno de criança
Sonhando …


Com o olhar luminoso
Repleto de ilusão
Sonhando …


Com esperança no futuro
Sonhando …


Com um sorriso aberto
Despertando para cada amanhecer.


Carla Alves
19 de Abril de 2008
©

terça-feira, 25 de março de 2008

Fragmentos...

Fragmentos … de uma vida …


Dentro do céu existe um mar
Um mar de estrelas prontas a guiar
Uma nau sem velas, sem rumo, sem norte
Que, à deriva, procura um porto para pousar …
Descansar um corpo cortado pelo sol, a salitre,
A dor, o ódio, a raiva
De um marinheiro guerreiro, audaz
Que luta contra o tempo que teima em escassear,
Que lhe tolhe a vida, perdida no mar, à deriva …
Sozinho, rastejando ante a terra que
Ao longe se avista
Longe, longínqua, do outro lado do Oceano
Onde a dor não existe, o sofrimento não impera
Apenas a paz, a calma, a luz que ilumina um corpo
Inerte … cansado de lutar.

02 – 08 – 2007
Carla Alves
©

(Dedicado à minha prima Ana,  cuja morte (a 26 de Março de 2008) deixou o “nosso” mundo “vazio” e repleto de saudade …).

Um pouco de mar …


Sinto a minha alma cansada
Cansada de tanto correr,
Saltar, pular, esticar
O vazio dos meus dias até ao amanhecer.
Quero parar … preciso de parar …
Não posso!
Continuo o meu caminho …
Corro, salto, pulo, estico
Os ponteiros do relógio até à exaustão.

Como eu gostava de repousar
Num mar azul, transparente
Deixar a minha cabeça cair na areia
Fina, molhada
Abraçar as ondas macias
E adormecer …


14 de Fevereiro de 2008
Carla Alves
©

Nostalgia duma noite de Verão …



Pinto o teu rosto a pincel
Adorno – o com paixão
Sabor a mar e a magia
Melodia numa noite de Verão

Azul cristalino,
O brilho do teu olhar

Contemplo o horizonte longínquo …

Da janela do meu quarto
Avisto, ao longe, o mar …

A areia fina e macia
Percorre suave os nossos corpos
Dourados, entrelaçados,
Perdidos na imensidão
Duma praia deserta

Recordo o teu sorriso
Traquina
Atrevido
Malícia envolta em doçura
Paixão
Sob o luar


16 de Março de 2008
Carla Alves ©

Deambulando … entre o real e o imaginário …


Sonho com um sol azul
Um mar dourado
Um campo de borboletas
Flores multicolores.

Neste mundo às avessas
Misturo o real e o imaginário
Crio uma nova paleta de cores.

Sensações, emoções, palavras
Que esvoaçam
Soltas … ao vento
Presas à doçura das recordações.

Rio, sorrio …
O meu mundo continua vazio
Cheio da ausência de ti
Repleto de recordações
Emoções que transbordam …

Enchem os meus olhos de lágrimas
Salgadas
Doridas
Pinto – as de doçura

Saio para a rua
E invento um novo mundo!

Um mundo imaginário
Onde o real e o irreal se misturam
Tudo é possível
Não há limites para a imaginação.
O sol é azul
O mar dourado
O vento salgado
Salitre não tem sabor.


29 de Fevereiro de 2008

Carla Alves ©

Poesias Soltas...


Uma janela aberta sobre o mar
Um mundo por conquistar
Desafios, aventuras, países longínquos
Terras por desbravar

Cá dentro (desta janela)
O calor, o aconchego do lar
Paz, calma, serenidade,
Uma brisa leve, o som da água
A bater, devagarinho, compassada

Fecho o livro que li e reli durante a tarde,
Pouso a cabeça no encosto da cadeira e adormeço
Envolta nesse som, ritmado
Sentindo o cheiro a maresia e
Sonho com as viagens por fazer, as terras por conhecer,

Mas sempre o sol, o mar,
A paz …


16 de Setembro de 2007,
Carla Alves
©

Fragmentos...



Abro a janela do meu quarto
E vejo um rio de flores
De cores vivas, alegres, risonhas
Transparece o orvalho da manhã,
A brisa suave de um dia de Primavera
Que se augura calmo, doce, melodioso
Como a imagem que guardo de ti
Nos meus sonhos …
Pedaços da minha infância e juventude
Guardados na memória do meu ser
Que cresce vazio
Da tua ausência
Que anseia pelo dia no qual poderá
Finalmente
O teu rosto tocar
Sentir o teu cheiro
Doce a maçã açucarada
Ouvir a tua voz
Melodiosa a chamar o meu nome
E eternizar esse momento
Na recordação de um tempo que vivi
Feliz.


02 – 08 – 2007
Carla Alves
©

Fragmentos...


Os raios de sol tocam a minha face
Queimam a minha pele de cetim
Amarrotado pelo tempo
Um sorriso aberto ao mundo que acorda
Agora
Neste momento

Olho a imensidão do mar
Sinto a doçura da maresia a invadir o meu corpo
Desperto
Para um mundo povoado
De calma, serenidade, luz

Vejo … ao longe
Por entre as ondas
Uns olhos, azuis, límpidos, cristalinos
A brilhar … fitam – me … desafiam – me …

Sorrio e sigo o meu caminho
Solitário
À beira – mar.

A praia está, ainda, deserta
Só eu e a memória desse tempo
Vivido
(Outrora
Nesta praia)
Teimamos em vaguear
Pela areia fina, dourada, repleta de conchas.

As algas rodeiam os meus pés
Recordo o teu rosto
O teu corpo bronzeado
Os teus olhos …
Imensidão de azul
… O azul do mar.


02 – 08 – 2007 

Carla Alves ©