domingo, 18 de janeiro de 2009

Momentos …



O vento sopra
Forte
A chuva cai
Intensamente

Vazio
A rua está deserta

Oiço, lá fora, os assobios vorazes
O ritmo compassado das gotas de água que caem
Abruptamente

Lembro – me de ti …

Escrevo freneticamente
O teclado range
As ideias flúem velozmente

E aquilo que seria
Supostamente
Um poema de amor

Acaba por ser
Um mero registo
De um efémero momento

Solitário
Povoado pela recordação
De ti

Carla Alves ©
18 de Janeiro de 2009

4 comentários:

Elcio Tuiribepi disse...

Oi Carla, hoje dei de escrever meio que assim, remexi velhos poemas e fiz dois novos...Registro ou não, cá está o seu, embalado pelo vento e pela chuva...belo poema...um abraço na alma e uma ótima semana para ti

Nilson Barcelli disse...

Sabes que o layout do meu blogue, quando o comecei em Setembro de 2003, era este?
E ainda continua o mesmo, mas modifiquei-o várias vezes até ao aspecto actual...

Devemos consumir os recursos do planeta de uma forma sustentada.
A campanha do JD é, por isso, a todos os títulos louvável e digna dos maiores aplausos.

O meu último poema (Destino) está relacionado com o ambiente e a expectativa de vida na Terra, cada vez previsivelmente mais curta. Imagina que já tenho mais de 30 comentários (que ainda não publiquei) e acho que ninguém o percebeu. Todos pensam que o poema se refere ao tempo e ao destino, embora fale deles... Vai lá e lê, e diz-me por favor se eu estou maluco...

Beijo

Unknown disse...

E assim surgem poemas belissimos como este, na sequência de um frenesim de sentimentos que se aquietam.

Gostei de ler :-)

Bjocas

Helena disse...

É essencial registar, pois sinto que é uma forma de libertação para muitos de nós.

Deixei-te mais um desafio no meu blog.

Estou agora a disfrutar estes belos momentos, muito bons.