terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Velas ao Vento
Navegando nas asas da imaginação
Rumo à descoberta
Do infinito
Respirando azul
Bebendo a curiosidade sagaz
Que me projecta face ao desconhecido
Avisto, ao longe, um porto
Branco
Tons de malva
Laranja – Lilás
Verde cristalino
As ondas embalam
Compassadamente
Este veleiro errante
Suavizando a ânsia
Do que está, ainda, por descobrir
Lanço a âncora
Salto freneticamente para a água
Fundo – me na imensidão de azul
E desapareço
Por entre a espuma duma onda
Revolta
Livre
Leve
Solta
Parto à descoberta!
9 de Dezembro de 2008
Carla Alves ©
Instantes …
As ondas embalam o meu sono cansado
A brisa marítima transporta – me para outro lugar
Etéreo
Límpido
Lunar
O vento beija – me os cabelos revoltos
A areia fina acaricia – me a pele
O sol aquece o meu corpo que, aos poucos,
Se deixa levitar
Sinto um vazio em mim
Onde estão as palavras que percorrem, frenéticas, este cérebro
Acelerado?
Onde estão as ideias que invadem, a cada segundo, o percurso vertiginoso das letras que dão voz a essas mesmas palavras?
Vazio …
Nada me ocorre
E, contudo,
É esta a paz que incessantemente procuro
E que só aqui
À beira – mar
Consigo, por breves instantes,
Encontrar.
Carla Alves ©
03 de Dezembro de 2008
A brisa marítima transporta – me para outro lugar
Etéreo
Límpido
Lunar
O vento beija – me os cabelos revoltos
A areia fina acaricia – me a pele
O sol aquece o meu corpo que, aos poucos,
Se deixa levitar
Sinto um vazio em mim
Onde estão as palavras que percorrem, frenéticas, este cérebro
Acelerado?
Onde estão as ideias que invadem, a cada segundo, o percurso vertiginoso das letras que dão voz a essas mesmas palavras?
Vazio …
Nada me ocorre
E, contudo,
É esta a paz que incessantemente procuro
E que só aqui
À beira – mar
Consigo, por breves instantes,
Encontrar.
Carla Alves ©
03 de Dezembro de 2008
Amor fugaz …
Não me peças amor
Porque eu não sei amar.
Não me peças companhia
Porque solitária gosto de vaguear.
Livre,
Efémera,
Fugaz.
Paixão intensa que,
Na brevidade do tempo,
Eternamente recordarás.
Carla Alves ©
02 de Dezembro de 2008
Porque eu não sei amar.
Não me peças companhia
Porque solitária gosto de vaguear.
Livre,
Efémera,
Fugaz.
Paixão intensa que,
Na brevidade do tempo,
Eternamente recordarás.
Carla Alves ©
02 de Dezembro de 2008
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Não me deixes partir …
Ao longe
O leve sussurrar da tua voz
O teu cheiro
A maçã doce
Envolto num sorriso rasgado
Fitas – me
Finjo não te ver
Malícia
Em tons de vermelho
Cetim
Esquece as palavras por dizer
Os lugares por rever
As promessas por cumprir
Agarra o tempo
Aqui e agora
Segue – me
Madrugada fora
Não me deixes partir
Procura a minha essência interior
Dá – me paz
Oferece – me conforto
Carinho
Se amanhã não me voltares a ver
É porque não me soubeste amar
Não conseguiste prender
Este ser em completo e constante
Desalinho ...
Carla Alves ©
02 de Dezembro de 2008
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Ausência de ti …
Fitei a lua
Perdi – me na imensidão do céu
Estrelado
Pensamentos dispersos
Sonhos por sonhar
Incessantemente esperei
Esperei por ti
Em vão …
Partiste.
O vazio do tempo preenche os meus dias
Esboço um sorriso
E finjo
Imagino que sou feliz
Sem ti
Mas a tua ausência vive em mim
De cinzento chuva pinta os meus dias
De negro sangue as minhas noites embala
Voltarás?
Quem sabe … um dia …
Mas, para sempre
De negro me vestirei para ti
A chama da paixão apagarei,
O brilho no meu olhar o horizonte longínquo
Eternamente fitará
Na minha memória apenas guardarei
A ausência de ti.
Carla Alves ©
01 de Dezembro de 2008
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Os meninos da minha terra …
Os meninos da minha terra não brincam na rua
Têm uma imensa savana por desbravar
Os meninos da minha terra não calçam sapatos
Têm as plantas do (s) pé (s) para a terra vermelha pisar
A lama argilosa sapatear
Ao som dos trovões estonteantes
Têm as plantas do (s) pé (s) para a terra vermelha pisar
A lama argilosa sapatear
Ao som dos trovões estonteantes
Dançando sob a chuva intensa
Envoltos no cheiro a terra
Barro
Argila
Céu impregnado de beleza
Misticismo
Cor
Envoltos no cheiro a terra
Barro
Argila
Céu impregnado de beleza
Misticismo
Cor
Os meninos da minha terra não usam roupas sofisticadas
As marcas na minha terra não têm nome
Têm cor
São coloridas as capelanas
Que cobrem corpos desnudos
Dando vida a rostos, tão iguais, marcados pela dor
As marcas na minha terra não têm nome
Têm cor
São coloridas as capelanas
Que cobrem corpos desnudos
Dando vida a rostos, tão iguais, marcados pela dor
Os meninos da minha terra não recebem presentes no Natal
Constroem os seus brinquedos
Com paus
Pedras
…
Constroem os seus brinquedos
Com paus
Pedras
…
Oiço ao longe o batido frenético dos tambores …
Há festa
As caras pintam – se de branco
As vozes entoam cânticos tribais
A dança
Traz alegria
Hoje não há dor
Há festa
As caras pintam – se de branco
As vozes entoam cânticos tribais
A dança
Traz alegria
Hoje não há dor
Os meninos da minha terra não comem uvas, maçãs
Nem peras, nem arroz
Comem papaia, mandioca,
Pêra – abacate e atas
E bebem sumo de coco
Nunca provaram licor
Os meninos da minha terra habitam o paraíso
Mas conhecem a fome, a miséria
Sabem o que é a guerra, o racismo, a sida, a dor
Nem peras, nem arroz
Comem papaia, mandioca,
Pêra – abacate e atas
E bebem sumo de coco
Nunca provaram licor
Os meninos da minha terra habitam o paraíso
Mas conhecem a fome, a miséria
Sabem o que é a guerra, o racismo, a sida, a dor
Contudo, sorriem
E o sorriso dos meninos da minha terra é o mais bonito de todos
Abraça o mundo com a sua inocência
A humildade perante a vida
A alegria feita da ausência de sonho e cor
E o sorriso dos meninos da minha terra é o mais bonito de todos
Abraça o mundo com a sua inocência
A humildade perante a vida
A alegria feita da ausência de sonho e cor
(Dedicado a todas as crianças Moçambicanas)
27 de Outubro de 2008,
sábado, 25 de outubro de 2008
Just dreaming …
Dreams are my reality
I live in a world of fantasy
Bright colours
Magical sounds
I see your face
Behind the mirror
I try to kiss you
But you aren `t there
You `re gone
You `re so far away
I wish I could hold you
You `re back again
I close my eyes
And I feel your breath
I taste the sweetness of your lips
Passion is what moves me
Through this world of emptiness
Only you could fulfil my dreams
But you are just a fantasy
Enchanting my unglamorous days
Bringing me to life
Though just part of my imagination
A sweet dream
As sweet and mysterious as you (are) …
22 de Outubro de 2008,
Carla Alves ©
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