quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Horizonte longínquo …



Respiro a brisa fresca da manhã

Sinto o orvalho gélido sob os meus ombros

Desnudos



Vazio

Intenso



Contemplo a imensidão do horizonte

Fito a linha ténue que o delimita



De pés descalços

Percorro o trilho das estrelas incandescentes

Atravesso o vácuo silencioso que me projecta

Errantemente

Para lá dessa linha



Tão distante

Impenetrável



Observo esta nova esfera

Que me envolve

Sinto frio

Tudo é triste e escuro aqui



Não decifro as imagens desconexas

Que ante o meu olhar sagaz se projectam



Quero partir

Fugir

Regressar a mim



Sorrir


Carla Alves ©

11 de Novembro de 2009

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